Gestores e professores dizem que o secretário de Educação, Rossieli Soares, deveria visitar escolas públicas para se certificar de que a melhoria dos índices do Ideb não depende apenas deles, mas também das condições físicas e estruturais da rede, parte dela ‘caindo literalmente aos pedaços’/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.
A nova direção da Secretaria de Educação do Estado, entregue ao ex-ministro do governo Temer Rossieli Soares, assumiu cobrando mais resultados dos gestores e professores, sobretudo no que se refere à melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Ocorre que não reside necessariamente no desempenho de gestores e professores o fator responsável pelos números pífios apresentados pelo Pará no ranking dos Estados, um dos últimos há muito tempo.
Nas comunidades escolares ligadas à Secretaria de Educação, o entendimento é de que o secretário Rossieli Soares deveria sair dos gabinetes e visitar as escolas para ver in loco as condições físicas dos espaços onde os alunos estudam. Além de muitas escolas não possuírem bibliotecas, salas de informática e merenda escolar digna – às vezes oferecem apenas suco -, há prédios estão caindo aos pedaços, literalmente, vários deles interditados por falta de condições de uso.
“Caindo aos pedaços”
Vídeo que circula entre redes de gestores da USE 9, por exemplo, mostra o muro da Escola Estadual “Aldebaro Klautau”, no bairro Tapanã, em Belém, que desabou recentemente, expondo a comunidade escolar à total falta de segurança, uma vez que as aulas prosseguem normalmente, sem qualquer envio de reforço para garantir proteção aos docentes e discentes.
Insegurança noturna
Dia desses, um assalto dentro da mesma escola fez uma ‘raspa’ em celulares de professor e alunos presentes em sala de aula durante o turno da noite, o que revela a insegurança a que está exposta parte dos estabelecimentos de ensino da rede pública no Pará.
Papo Reto
- Tido e havido como candidato à sucessão do prefeito de Bragança, Raimundo Oliveira, o médico Mário Júnior (foto) levou pau na Justiça. Bem feito: quem manda querer calar jornalistas.
- Uma delegada do tipo ‘bate e arrebenta’, habituada a ‘colocar no tucupi’ quem não se submete ao seu ego inflado foi aconselhada a “pegar leve”.
- Dia desses, em festa de colandos no salão nobre da AP, o DJ levou o baile com duas horas de funk, mas entendeu a tempo que o evento não era dele diversificou. Aí, sim, agradou a todos.
- Aliás, nessa mesma festa, a cabeça voadora do decorador fez arranjos bonitos, caros e gigantescos nas mesas, impedindo que se enxergasse parte do palco onde ocorriam as apresentações.
- Enquanto outros Estados dão show no quesito piscicultura, liberando inclusive a criação de panga, espécie barata ao consumo da população, o Pará sequer regulamentou a lei do cultivo de peixes.
- Como nem não se têm permissão para criar nem tilápia no Pará e o Tocantins fica logo ali, é para lá que os piscicultores paraenses estão voltando olhares e enviando seus capitais.
- Dirigir veículos com as atenções no celular é infração grave, mas, e os condutores de bike que fazem delivery, com a caixa de isopor às costas, sem lanternas ou colete sem sinalizador?
- A fraude contábil da Americanas, da ordem de mais de R$ 40 bilhões, pode levar paro buraco um grupo bem específico e frágil de credores: as microempresas. O calote pode chegar a R$ 1 bilhão.
- O mercado financeiro elevou a projeção da inflação de 5,79% para 5,89%. Previsão para este ano está acima do teto da meta que deve ser perseguida pelo Banco Central, definida pelo CMN em 3,25%.
- O Brasil acumulou, em 2022, 69,4 milhões de pessoas com o nome ‘sujo’, segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Serasa, alta de 7,8% em relação a 2021, quando haviam 63,97 milhões de pessoas nesta situação.
- Nada, nada, o Brasil conta 42,76% dos adultos metidos em dívidas que podem lhes render a perda do Passaporte e CNH, conforme decisão, por 10 votos a 1, do Supremo Tribunal Federal.