Centro de avaliação contratado com dispensa de licitação esteve envolvido em irregularidades não comprovadas em três concursos em Alagoas/Fotos: Divulgação.

Candidatos a concursos públicos em Belém andam tão ressabiados que a publicação, na última segunda-feira, no Diário Oficial do Estado, do contrato celebrado entre o Ministério Público e o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), para prestação de serviço de planejamento, organização e operacionalização do concurso para preenchimento de 65 vagas mais cadastro de reserva para o cargo de promotor de Justiça causou certo desconforto no mercado. Para alguns candidatos, bem que o MP deveria escolher outro parceiro, considerando que o Cebraspe, cujo contrato, com dispensa de licitação, soma valor superior a R$ 900 mil, esteve envolvido em suspeitas de irregularidades em outros certames.

Medida preventiva

Explica-se: o Cebraspe teve concursos suspensos na Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros do Estado de Alagoas, o que levou o governo daquele Estado à medida extrema, publicando extensa nota de esclarecimento ao público: “A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas decidiu cancelar as fases já realizadas de três concursos da Segurança Pública, após o resultado da primeira fase da Operação Loki, deflagrada pela Polícia Civil. A investigação constatou a atuação de um esquema nacional criminoso, que estaria agindo contra a lisura não só das provas da PM, mas também de outros dois certames”.

Certames retomados

A favor do Cebraspe, porém, importa informar que os concursos foram retomados por decisão do juiz Manoel Cavalcante, da 18ª Vara Cível de Maceió. O magistrado determinou a retomada do certame uma vez que, “de acordo com inquérito da Polícia Civil de Alagoas, as provas coletadas indicaram que não houve propagação da fraude”.