Polícia Federal apura suposto envolvimento do prefeito de Tucuruí no esquema das OS

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Tem prefeito do interior sem dormir desde que a Polícia Federal meteu no xilindró 61 pessoas envolvidas em rombos milionários que deixaram a saúde no Pará em situação de terra arrasada. Um deles é o prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira, amigo de copa e cozinha de Nicolas Tsontakis, operador financeiro e lobista com destacada atuação no esquema criminoso. A amizade entre ambos se estende a muitos e lucrativos negócios – até um dos aviões apreendidos pela PF na última operação está registrado em nome do prefeito de Tucuruí. A aeronave foi vendida por Alexandre a Nicolas, que nunca fez a transferência da titularidade.

Restos a pagar

Até hoje, o prefeito Alexandre Siqueira continua arcando com as despesas originadas pela aeronave. Recentemente, por exemplo, o advogado Georges de Moura Ferreira, representante da empresa Globo Aviação Táxi Aéreo e Manutenção peticionou junto à 1ª. Vara Cível e Empresarial de Tucuruí pedido de homologação de acordo feito com o prefeito para pagamento parcelado de uma dívida de R$ 65 mil, correspondente a serviços de manutenção no avião. Agora, a PF apura, nos mínimos detalhes, a suposta participação do prefeito no esquema das OS. 

Restos a cobrar

Não convidem para a mesma empreitada o prefeito Alexandre Siqueira e o empresário Carlito Begot, candidato derrotado à Prefeitura de Ananindeua, cujos negócios se espraiam por diversos municípios da Região Metropolitana de Belém e além. Siqueira negociou máquinas e equipamentos com o empresário para turbinar sua empresa de construção – a mesma que, meio que à base do pau a pique construiu o aeroporto de Salinas -, mas até hoje não acertou as contas com Begot. Aos amigos, Carlito Begot costuma lembrar que “a volta é que faz o anzol”.