Não são das melhores as relações do Vaticano com a cúpula da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil e, por tabela, com a Regional Norte 2. A CNBB Norte 2, com sede em Belém, é presidida por Dom Bernardo Bahlmann, bispo da Diocese de Óbidos, presidente; Dom Alberto Taveira, Arcebispo de Belém, vice-presidente; e Dom Irineu Roman, bispo da Diocese de Santarém, secretário. Influente religioso, que exerceu importantes cargos na hierarquia da Igreja Católica no Pará e no Brasil, inclusive em Brasília, no âmbito da CNBB e da Nunciatura Apostólica, tem confidenciado a circunstantes a insatisfação de bispos e arcebispos vinculado à Confederação Nacional com relação à postura da Regional Norte 2, cuja jurisdição se estende do Pará ao Amapá.
Silêncio estrondoso
Segundo o eminente purpurado, o desconforto do Vaticano se deve à postura da entidade regional no enfrentamento de crises que envolveram a Arquidiocese de Belém e, mais recentemente, a Diocese de Bragança, nesse caso, com suspeitas de malversação de recursos financeiros da Igreja, favorecimento, ingerências políticas e corrupção, que determinaram em tempo recorde – menos de 15 dias depois das denúncias – a intervenção direta de Sua Santidade no afastamento dos bispos dirigentes da dioceses e na nomeação de mais novo bispo coadjutor, com direito à sucessão, monsenhor Raimundo Possidônio da Matta, a ser empossado dia 30, com a presença do Núncio Apostólico.
Toque de repreensão
O mesmo purpurado analisa que a “dura e fulminante” decisão do Papa no caso da Diocese de Bragança equivaleu a uma “humilhante desautorização à CNBB Norte 2”, incluindo nuances de “repreensão aos silenciosos bispos”, com um recado velado de Sua Santidade: “haverá outras intervenções, se necessário, para moralizar os costumes e, se for o caso, a sede da CNBB Norte 2 passará a funcionar no Palácio Apostólico, no Vaticano, em Roma. O bom entendedor entenderá.
Papo Reto
- Na 4ª. Vara da Justiça Federal no Pará, que é o juízo especializado em organizações criminosas, só aparecem dez ações públicas sobre supostas organizações criminosas com atuação no Estado.
- Avalia-se que o restante esteja tramitando sob sigilo e as informações só poderiam ser dadas pela Polícia Federal, até porque os sistemas da Justiça não permitem uma consulta tão apurada.
- O mesmo ocorre relativamente a muitas das ações com dados sigilosos, inclusive ações penais. Esses casos não obedecem à Lei da Transparência.
- A coluna andou se atrapalhando ontem ao tratar de problemas de saúde pública em Mocajuba e acabou colocando a secretária de Educação do Estado, Fátima Braga, ou Elieth Braga, na Secretaria de Saúde. Perdão.
- Prefeita Patrícia Mendes, de Marituba (foto), deveria dar uma olhadinha nas ruas principais e secundárias do bairro Almir Gabriel. Só buraco.
- Só a Arca de Noé para aliviar o pesadelo de quem trafega pela BR-316, confluência com a avenida Independência, em dias de grandes chuvas. Como dizem os transeuntes, “o aguaceiro dá no meio das canelas”.
- O WhatsApp ultima o lançamento do Comunidades, grupo com capacidade para milhares de usuários, mas a novidade virá somente após as eleições de outubro, por óbvia precaução.
- Sem fiscalização no Aeroporto Internacional de Belém, taxistas transformam espaços de vagas reservadas a idosos e deficientes em ponto de espera de passageiros – e ainda reagem quando questionados.
- Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, os itens mais consumidos na Páscoa tiveram aumento de 3,93% nos últimos 12 meses. “Se esqueceram” de pesquisar o peixe.