Meses atrás, poderoso grupo do mercado atacadista nacional propôs a compra da unidade de supermercados do grupo Nazaré que funciona à travessa São Francisco, no bairro da Cidade Velha, centro de Belém, cuja área, gigantesca, vai de uma rua a outra, por R$ 300 milhões. O grupo que assumiu a direção da empresa depois da morte do patriarca da família apresentou uma contraproposta como que para não vender: R$ 500 milhões. O negócio não vingou, mas, desde lá, já circulavam no mercado informações sobre a iminente quebra do grupo.
Nesta semana, o mercado paraense não foi exatamente surpreendido com postagens nas redes sociais dando conta do encerramento das atividades do grupo no It Center, à avenida Senador Lemos. A quebradeira estava anunciada havia meses. Nos últimos três dias a coluna tem tentado contato com representantes do grupo para falar sobre o assunto, mas não obteve resultado. O próprio mercado não se manifesta e o presidente da Associação de Supermercado deve estar em Portugal com o perdão do trocadilho.
Gestão familiar em crise
O que se diz é que a venda da unidade do grupo na travessa São Francisco esbarrou em problemas familiares. Agora, estima-se que o ponto do It Center será assumido por outro grupo que, paulatinamente, deverá o controle das demais unidades. Como desgraça só quer começou, além das dificuldades de gestão, o grupo também está entre os supermercados acionados pelo Ministério Público por problemas sanitários identificados na venda de produtos alimentícios.
O barato que sai
caro para os governos estaduais
Bolsonaristas de todo o País estão escrachando através das redes sociais a decisão do PT e demais partidos de oposição de votar contra a Lei do ICMS dos combustíveis, que deve retirar valor significativo da arrecadação dos Estados. No Pará, fala-se em R$ 2 bilhões por ano. Evidente que a contraproposta do governo federal, de repor essas perdas com transferência de recursos não convence a maioria, ainda mais porque a lei só valerá pelos próximos seis meses – até o próximo mandato, portanto.
Em período de eleição, todo dinheiro é pouco, e Bolsonaro jogou o abacaxi para os governadores e seus aliados, porque o povo quer mesmo é combustível e gás mais baratos, mesmos que seja por exíguos seis meses. Cabe à oposição agora justifica suas decisões.