Atual Corregedor-Geral da Polícia Civil e um dos novos membros do Sindipol, ex-delegado-geral Raimundo Benassuly mantém processos com denúncias contra policiais engavetados, inclusive sobre o caso da compra de garrafas pet em plena pandemia de Covid-19 pelo ex-delegados-geral Alberto Teixeira/Divulgação.

As relações entre parte do Sistema de Segurança Pública e o governo Helder Barbalho andam tão azedas que dois ex-delegados-gerais – Justiniano Neto e Raimundo Benassuly – assinaram ficha de filiação não ao MDB, partido do governador, como se poderia imaginar em ano eleitoral, mas ao Sindipol, o Sindicato de Delegados da Polícia Civil do Pará. Semana passada, o “Informe Sindipol”, publicação oficial do sindicato, anunciou a boa nova com bastante entusiasmo. Sob o lema “A união está de volta”, a publicação informa que a diretoria do sindicato se reuniu com os dois ex-delegados-gerais, que também já presidiram a entidade, para “renovar compromissos e fazer cumprir leis e decisões judiciais em favor da categoria”, incluindo a modernização da Polícia Civil – referência a promessas não cumpridas do governo e ao achatamento salarial da categoria.

Corregedoria que nada corrige

Para os bons observadores do sistema de segurança no âmbito da Polícia Civil, parece que o Sindipol passou uma borracha nas pífias administrações de Justiniano Neto e Raimundo Benassuly – este, por sinal, atual titular da Corregedoria-Geral da corporação, de onde não sai um processo sequer sobre eventuais investigações a policiais desde o início do governo Helder; muito pelo contrário. O caso da compra superfaturada de garrafas pets na gestão do delegado-geral Alberto Teixeira em plena pandemia de Covid-19 está assentado sob uma pedra gigantesca – enquanto a pipa do ex-delegado continua subindo na escala administrativa, sob as bênçãos de Parsifal Pontes, o invisível.

Sapatos velhos para pés cansados

Com relação às administrações de Justiniano Neto e Raimundo Benassuly, de 2007 a 2010, cabe dizer, em favor da história da corporação, que jamais moveram uma palha para mudar um reles artigo da Lei Geral da Polícia Civil. Ao se integrarem ao movimento sindical conduzido pelo Sindipol, sugerem que o sapato está apertando também nos pés dele, daí a necessidade de lutar pela alteração da lei, inclusive com procedimentos elaborados e apresentados pelo sindicato junto ao Supremo tribunal Federal.

Papo Reto

Divulgação
  • Um dos mais influentes executivos do Grupo RBA, da família Barbalho, Jader Filho (foto), chamado “novo rei de Salinópolis” em conversas privadas, amanheceu lépido e fagueiro, hoje, graças ao escândalo bíblico envolvendo o prefeito Kaká Sena, no caso do MEC.
  • Explica-se: Jaderzinho sonha eliminar o ex-prefeito Paulo Henrique Gomes da política na região e detonar o atual prefeito, Kaká Sena, fazendo do empresário Max do Supermercado, seja lá quem for, o próximo prefeito da Atlântica.
  • Armas não lhe faltam, principalmente porque lhe são dadas de mão beijada pelo próprio prefeito. PH é dado como ”cachorro morto”.
  • Égua, não!, como se diz no Ver-o-Peso. O governador Helder Barbalho usou o Teatro Margarida Schiwazzappa, no Centur, ontem, e reuniu centenas de servidores para o “ato de sanção do projeto de lei da revisão geral anual do funcionalismo”.
  • Qualquer semelhança com um autêntico ato eleitoral não terá sido mera semelhança, como bem sabe o dorminhoco “fiscal da lei” no Pará.
  • A eleição na FPF está acirrada e gastos não importam. Pelo menos para o candidato Paulo Romano – agora com seu próprio grupo, após recusar composição com Adélcio Torres.
  • No último domingo, Pulo Romano desembarcou de jatinho particular fretado para prestigiar o embate entre Águia e Paysandu, em Marabá.
  • Em fotos nas redes sociais, o candidato aparece ao lado David Merabet, advogado da chapa, irmão do ex-jogador Roma e filho da desembargadora Marneide Merabet.
  • Os efeitos da guerra na Ucrânia deixaram pouco mais salgado, em Belém, o preço do pão de sal, que diminuiu de tamanho em  algumas padarias. Sabe-se agora: o ex-prefeito de Marabá João Salame e o ex-chefe do Mapa no Pará Clésio Santana cortaram relações há mais de dois anos – e nem convém convidá-los para uma pescaria.