Secretaria de Educação, dirigida por Elieth Braga, ainda não conseguiu direcionar recursos para salvar escola interditada pelo MP por conta da precariedade das instalações há dois anos/Fotos: Divulgação.

Há um temor muito grande da comunidade escolar de que a Escola Estadual Maroja Neto, no bairro da Pedreira, em Belém, venha a fechar as portas depois de 50 anos de funcionamento, completados no último dia 8. Há dois anos, o prédio está interditado pelo Ministério Público por causa das péssimas condições de suas instalações. Como medida paliativa, a escola foi transferida ano atrás para as instalações da Escola Rodrigues Pinagé, onde funciona de forma precária e em sistema de revezamento de alunos. Os alunos especiais, por exemplo,  são atendidos na sala da direção, sem qualquer condição.

Situação de penúria

Desde que foi interditada e diante do quadro de penúria, vem diminuindo, dia a dia, o número de discentes interessados em se matricular no local e os professores vêm amargando a perda constante de carga horária, sendo obrigados a bater de porta em porta em outros estabelecimentos de ensino para não terem redução em seus salários.

Governo virou as costas

Diante da situação crítica e sem qualquer solução por parte da Secretaria de Educação, comandada pela ex-prefeita de Mocajuba Elieth Braga, alunos e professores já pensam até  em organizar um protesto para tentar chamar a atenção do governo ao problema. Como é ano eleitoral, a  esperança é de que apareça algum político interessado na defesa dessa causa, já que, ao que parece, o governo fechou os olhos à triste realidade da escola. 

Com tanta coisa para comemorar, por toda a história da escola  em favor da educação, a comunidade escolar lamenta por passar o aniversário de cinquentenário do Maroja Neto em estado quase de luto.