Jagunço de estimação do prefeito de Belém será contratado e pago por empresa terceirizada, mas não sairá do núcleo do governo.
Com a agressão cometida por Stefani Henrique, assessor especial do gabinete do prefeito de Belém, a uma cidadã durante a ridícula “reinauguração do Ver-o-Rio”, ganhando espaço nacionalmente, dois parlamentares do Psol – Vivi Reis e Fernando Carneiro – emitiram notas pedindo “punição ao assessor”. Mas esses mesmos parlamentares calaram diante da agressão empreendida pelo mesmo assessor e sua milícia contra servidores municipais, a maioria deles mulheres, na entrada da prefeitura durante a greve que exigia equiparação dos salários com o mínimo nacional.
A nota desses representantes do partido faz parte de uma cortina de fumaça que teve um capítulo adicional na última sexta-feira, à noite, quando o núcleo mais próximo de Edmilson e o próprio agressor articularam uma saída para o caso, que “calará a opinião pública”.
Edmilson exonerará seu jagunço de estimação, mas ele se mantém no núcleo de mando, só que passará a ter seu soldo pago por uma das empresas terceirizadas da administração municipal. Hoje, o salário do assessor é de R$ 6 mil, mas a promessa é elevar o soldo pelos relevantes serviços no contrato com o novo agente pagador.
Silêncio ensurdecedor
Observadores da cena igualmente não entendem o porquê de a Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Belém, comandada pelo grupo da deputada federal Vivi Reis, não se pronunciou sobre a agressão perpetrada pelo assessor Stefani Henrique. Muitos esperavam uma condenação contundente do secretário.
Da mesma forma, nada se conhece sobre o fato de a deputada estadual Marinor Brito, Leila Palheta, presidente do Psol Belém, ou de Gizelle Freitas, da bancada de Mulheres da Amazônia, que deverá assumir vereança em Belém. Afinal, todas são candidatas nas eleições de outubro.