Alertada pelas redes sociais, a diretoria de Fiscalização do Detran foi parar na estrada de Salinópolis, na última segunda-feira. É que uma empresa tipo “apressadinha em ganhar dinheiro” contratada pela Secretaria de Transporte do Estado iniciou serviço de recuperação de uma ponte na rodovia sem dar importância aos usuários: reduziu a pista de rolamento pela metade com uso de blocos de concreto sem as medidas de segurança exigidas pela legislação. O resultado foi que muito veículo que trafegavam no sentido Salinópolis-Belém domingo à noite bateram de frente com os blocos, felizmente sem vítimas fatais.
Quem paga o prejuízo?
Nas redes sociais, os avisos começaram a pipocar no início das tarde de domingo, quando, à luz do dia, condutores identificavam facilmente o bloqueio que reduziu o tráfego. À noite, sem funcionários trabalhando e sem iluminação, os acidentes se repetiam seguidamente. Na segunda, técnicos do Detran estiveram no local e, acredite, “orientaram” a empresa a como trabalhar oferecendo segurança aos usuários da rodovia. Não se tem conhecimento de que algum motorista que teve o veículo espatifado contra os blocos de concretos foi atrás de ressarcimento, mas deveria. Afinal, alguém deveria pagar por isso.
Contratos de meia tigela
As peças de concreto estavam distribuídas em dois trechos, para a passagem de apenas um veículo por vez. A armadilha pegou muitos desavisados. Áudios e vídeos que circularam nas redes sociais mostravam os perigos deixados na pista. A empresa contratada pela Setran para fazer a recuperação do encontro e das alas da segunda ponte da PA-324 se preocupou em instalar o guard-rail de concreto na largura de um veículo, mas ignorou a sinalização.