Escola localizada em conjunto residencial do bairro da Marambaia funciona mais pela força da comunidade: pais fazem doação de ventiladores para permitir que filhos não tenham os estudos interrompidos enquanto a obra de reforma segue se arrastando/Fotos: Divulgação.

A Escola Paulo Almeida Brasil, que fica em uma alameda escondidinha no Conjunto Império Amazônico, com entrada pela avenida Almirante Barroso, bairro da Marambaia, em Belém,  não faz parte do ‘país das maravilhas’ divulgado nas redes sociais pelo prefeito Edmilson Rodrigues. Em reforma desde a pandemia e ainda sem previsão de conclusão, como não havia nada que justificasse a continuação das aulas remotas, a pressão da sociedade foi grande e as aulas recomeçaram de qualquer jeito: salas sem acabamento, sem refrigeração e com muita poeira.

Para minimizar o problema, pais de alunos foram convidados a levar ventiladores para amenizar o calor nas salas de aula. A emenda ficou pior que o soneto: ventiladores e poeira resultam em doenças respiratórias e a escola está insalubre.

A três pancadas

Importante dizer que professores e corpo técnico garantiram que a escola estivesse entre as três com o melhor Ideb entre as unidades de ensino em Belém em 2019 e 2021, mas as obras continuam, com pedreiros, carpinteiros, pintores, funcionários, professores e crianças de 4 a 12 anos de idade pelo meio. É a chamada educação três por quatro, ou a três pancadas, como queiram, na Belém do Grão Pará.