Com serviços paralisados nos prontos-socorros e falta de medicamento nas Unidades de Pronto Atendimento, população está entregue à própria sorte neste final de ano. No Hospital Metropolitano, com demissões em massa, o atendimento também fica comprometido/Fotos: Divulgação.

A saúde pública virou – se é que já não estava – de ponta-cabeça na Região Metropolitana de Belém. Não bastassem as filas quilométricas para atendimento geradas pela falta de pagamento a profissionais da saúde no município de Belém, o atendimento de urgência e emergência no Pronto-Socorro Da 14 de Março e no Hospital Mário Pinotti entram em estado de suspensão por razões igualmente conhecidas e antecipadas pela coluna, a menos de dez dias do final do ano.

Não bastasse, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, experimenta uma transição mais traumática do que a situação dos paciente graves que procuram a unidade em busca de atendimento desde que a Secretaria de Saúde do Estado cancelou o contrato com a OS Pró-Saúde e autorizou a entrada do  Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano no negócio.

Pior para os pacientes

O novo contrato de gestão, com prazo de validade de seis meses – dezembro a junho de 2023 -, garante à nova administração do Metropolitano a bagatela de R$ 74 milhões, o que não significa, necessariamente, prestação de serviços no mesmo modelo do contrato anterior. Veja por exemplo como estão sendo contratados novos profissionais: em vez de plantão 24 horas, a proposta é de plantão de 12 horas, com mais 12 horas de sobreaviso, quer dizer, à noite, não haverá o mesmo atendimento anterior.

Salários 80% menores

Além disso, novos contratos estão amarrados à necessidade de Pessoa Jurídica, não mais cooperativas, com salários equivalentes a 80% do valor que era pago em contratos anteriores, sem direitos trabalhistas. Nada contra as exigências da nova OS, mas um detalhe salta aos olhos: com plantões de 12 horas e mais 12 de sobreaviso, vai sobrar paciente se contorcendo de dor no hospital à espera de médico, com destaque para o crescimento das filas de espera, como é praxe nos hospitais, sejam públicos ou privados, com ou sem plano de saúde. Virou regra.

Quanto à rede municipal de saúde é o que é: a gestão Ed 50 está mais perdida nesse item do que cachorro em dia de mudança. Salve-se quem puder: com um final de ano desses, todo o cuidado é pouco.

Papo Reto

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  • A oposição meio que ‘fantasma’, agora, desde que não compareceu às urnas, impetrou mais um mandado de segurança envolvendo a eleição da Fiepa. Foi a 13ª.
  • Detalhe, antes de mais nada: a empresária Rita Arêas (foto), candidata da oposição pela Chapa Renovar, teria perdido completamente o interesse pelo cargo, o que remete à moção de que tem alguém tentando forçar a barra.
  • Mas, em decisão monocrática, porém, a desembargadora do Trabalho, Graziela Leite Colares, indeferiu a petição inicial, extinguindo o processo sem resolução do mérito.
  • Embora o acesso à Justiça seja direito constitucional, o que se observa na ação extinta é o abuso do direito de ação perpetrado pela Chapa Renovar.  Até o Judiciário se irrita.
  • Sussurros no mundo mineral apontam que um dos nomes cotados pela a gerência da Agência Nacional de Mineração pode vir do Estado do Maranhão.
  • O primeiro nome da bateia é o de Giovanni Porto, advogado. O Pará, que briga por cargos com Deus e o mundo, nem tchum…
  • Égua, não! Dados do Detran apontam que mais de 50% da frota de veículos do Pará encontra-se inadimplente, isto é, sem licenciamento anual.
  •  Na suposição de que desses, metade continue circulando livremente, o Estado teria no mínimo um quarto de sua frota sem fiscalização.
  • Aliás, o Detran bem poderia informar o número de veículos pendentes de licenciamento enquanto esperam recall das concessionárias no Pará.
  • Advogado amigo da coluna, por exemplo, se bem andou, ingressou com ação na Justiça exigindo carro reserva porque o dele só passará pelo serviço em março.
  • Decidido: o presidente Lula vai ocupar a residência de veraneio da Presidência da República, a Granja do Torto. 
  • O trem passou carregado, mas, em conversa de bar, dois promotores de Justiça comentavam a ação do MPF contra o senador eleito, Beto Faro, por suposta compra de votos.
  • Lá pelas tantas, um deles pergunta ao outro: foi o único caso identificado pelo MPF no Pará?
  • Pano rápido.