Estudo aponta que Belém, Ananindeua e Santarém integram o ranking das piores cidades entre as piores cidades brasileiras desde 2015/Fotos: Divulgação.

A última edição do Ranking do Saneamento – com o foco nos 100 maiores municípios brasileiros – divulgada pelo Instituto Trata Brasil volta a colocar Belém, Ananindeua e Santarém – não exatamente nessa ordem – entre as 13 piores do País nos últimos sete anos. O relatório aponta que a ausência de acesso à água tratada atinge quase 35 milhões de pessoas e 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, refletindo em centenas de pessoas hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica.

Segundo o estudo, ao analisar as 20 melhores cidades contra as 20 piores cidades há diferenças nos indicadores de acesso: enquanto 99,07% da população das 20 melhores têm acesso a redes de água potável, 82,52% da população dos 20 piores municípios têm o serviço. A porcentagem da população com rede de coleta de esgoto é ainda mais discrepante: 95,52% da população nos 20 melhores municípios têm os serviços; e somente 31,78% da população nos 20 piores municípios são abastecidos com a coleta do esgoto.

Tudo como dantes

Nos últimos oito anos do ranking, 30 municípios distintos chegaram a ocupar as 20 piores posições. Desses, 16 estiveram nas últimas colocações em pelo menos sete edições. Observou-se ainda que 13 municípios se mantiveram desde 2015 dentre os últimos colocados, sendo três localizados no Pará. Belém, Ananindeua e Santarém estiveram sempre nas dez últimas colocações entre as 100 maiores cidades do País.