Dinheirama é depositada religiosamente, mas nem Estado, nem prefeituras conseguem responder a altura: merenda escolar segue apresentando problemas, professores protestam e a educação segue de mal a pior/Fotos: Divulgação.

Quando 2022 terminar, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação terá depositado, a título de repasses, um total de R$ 8.222.499.776,75 na conta da  Secretaria de Educação do Estado, assim distribuídos: R$ 3.376.110.761,72, mais 4.846.389.015,03 correspondentes aos repasses aos 144 municípios.

Esses repasses, bom que se diga, seguem a metodologia do Valor Aluno Ano Total como referência de cálculo para distribuição de recursos da complementação da União na faixa acima de 10%. Leva em conta, portanto, toda a arrecadação do município ou do Estado para definir quais estão aptos a receber a complementação. “É bastante dinheiro se considerarmos o tamanho das queixas de pais, alunos e professores com a estrutura física das escolas e com a logística escolar – transporte, merenda etc. -, tudo cada vez mais capenga e, claro, oferecendo resultados tão pífios” – avalia especialista ouvido pela coluna.

A terra do tudo falta

Pitaco da coluna: e pensar que ainda falta merenda nas escolas, que o transporte escolar é de péssima qualidade – se bem que não é pago com esses recursos -, que as ações pedagógicas são sofríveis e que gestores indicados politicamente não, no mais das vezes, a responsabilidade exigida para lidar com questões tão sensíveis.