No último dia 25, a sexta-feira que antecedeu o feriadão de Carnaval, o presidente da Assembleia Legislativa, Francisco Chicão Melo, mandou cerrar as portas do Centro de Expedição de Documento mantido pela Polícia Civil na Casa e levou o serviço para o município de Abaetetuba, a pretexto de promover mais uma ação de cidadania. Alguém haverá de questionar: “Era uma sexta-feira de carnaval…” Vá que seja. Ocorre que, se estivesse funcionando em expediente normal, o Centro teria emitido, conforme a média diária, de 500 a 800 documentos para cidadão que vivem em Belém e precisam de documentos – sem desmerecer a população do interior. Só que essa prática – as tais ações de cidadania -, já passou dos limites pelo que são: caça ao voto com uso da máquina pública, inclusive com funcionários e pagamento de diárias.
Ninguém sabe, ninguém quer ver
Hoje e amanhã, pessoas interessadas em obter documentos civis, emitidos apenas pelo Centro de Expedição da Alepa e pela Polícia Civil – serviço semelhante mantido pela Câmara de Vereadores de Belém está suspenso por razões não esclarecidas publicamente – também não devem se dirigir ao prédio da Assembleia Legislativa, uma vez que, senão todos os 20, grande parte dos funcionários foram deslocados para o interior do Estado, com diárias pagas, para caçar votos, perdão, para ações de cidadania – que também atendem pelo nome de campanha política antecipada. Mais uma imoralidade que o “fiscal da lei” teima em não enxergar, para o bem de alguns e felicidade geral das cortes.
Deputado Chamonzinho
leva promessas de Helder a sério
O deputado Chamonzinho, do MDB, não esconde de absolutamente ninguém – muito pelo contrário -, por todo o sul e sudeste do Pará, que o governador Helder Barbalho “vai se ver comigo, se não honrar o que me prometeu”. O parlamentar refere-se a suposto acordo de campanha no qual o governador teria prometido que o comando do Hospital Regional de Conceição do Araguaia ficaria nos primeiros dois anos com o prefeito Jair Martins e, nos dois anos finais do primeiro mandato, com ele, Chamonzinho.
Só que…
Ocorre que, tendo montado seu QG dentro do hospital, de onde despacha, faz e acontece, Jair Martins teria mandado o recado: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira…”