A Prefeitura de Belém recebeu a obra da administração anterior apenas com a incumbência de remanejar os trabalhadores, mas preferiu aumentar o número de permissionários para pagar promessas políticas e não fez uma coisa, nem outra/Fotos: Divulgação.

O ex-prefeito Zenaldo Coutinho gastou uma razoável soma para deixar concluído o Complexo do Jurunas, à avenida Bernardo Saião, com 278 permissionários em 12 atividades comerciais – hortigranjeiros, industrializados, alimentação, lanches, mercearia, serviços, farinha, carnes, aves, pescados, mariscos e ervas medicinais.

Sobrou pra o prefeito Edmilson Rodrigues apenas a execução do remanejamento dos trabalhadores. Mas, o prefeitos das “novas ideias” inventou dobrar o número de permissões para abrigar  também os companheiros que o ajudaram a se eleger.

Resultado: em meio a tanta confusão, a Secretaria de Economia de Belém abandonou o complexo, que passou a ver saqueadas suas pias, torneiras, pedras de granito e até as portas de enrolar. Os permissionários “natos”, claro, seguem trabalhando na rua, ou pelos arredores, sem limpeza, sem higiene, sem esperança. 

Seduc ajuda a engrossar  
“lista negra” das escolas
por não prestar contas

Há uma espécie de círculo vicioso da calamidade permeia o cotidiano das escolas estaduais figurantes da “lista negra” do Ministério da Educação-Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação, por conta da não prestação de contas dos valores recebidos anos antes do Programa Dinheiro Direto na Escola.

Trata-se de dinheiro vivo remetido pelo governo federal para melhorias permanentes das condições de ensino, embora não estruturais, do tipo substituição de luminárias; conserto de goteiras; abastecimento de água; e compra de utensílios e material pedagógico, entre outros.

Inadimplentes e sem assistência técnica do governo do Pará, resta à boa parte das escolas seguir dependendo de coletas na comunidade escolar ou da boa vontade da mastodôntica Secretaria de Educação comandada pela auditora fiscal Elieth Braga, se quiserem se livrar de goteiras e da escuridão ou consertar seus ventiladores.

É tanto dinheiro escoando pelo ralo que a Secretaria de Educação do Pará se dá ao luxo de perder recursos vultosos resultantes de convênios: quase R$ 100 milhões dos repasses do Programa Dinheiro Direto na Escola.