A situação é caótica no mercado da vila, embora a placa aponte para a vaga lembrança de que o prazo de conclusão do projeto, avaliado em R$ 13, 7 milhões, está perto do fim e sem data de conclusão/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

A avaliação, a olho nu, é dos permissionários, trabalhadores que vêm sofrendo na pele e no bolso os efeitos de um projeto que não anda, nem desanda e não tem prazo para terminar, a menos que ganhe um aditivo.

Se tem uma gestão sem a menor pressa de fazer é a da Prefeitura de Belém.  Veja o caso do Mercado Municipal de Icoaraci, que desde junho do ano passado segue com sua obra de reforma devagar, quase parando, para desespero dos comerciantes e da população. O que resta de boxes em funcionamento é considerado ‘expulsório’, por conta do calor infernal que maltrata os trabalhadores e expulsa a clientela.

“No ritmo em que a obra vai, é bem provável que em dois ou três anos eles concluam” – relata um dono de box. “Eu pouco já venho aqui por causa dessa bagunça” – disse a doméstica Ana Carla, 51 anos, indignada.

O certo é que faltam apenas dois meses para o término do contrato, que certamente será aditivado ad eternum pela prefeitura. A avaliação dos observadores de plantão sobre o ritmo da reforma do prédio aponta que apenas 20% da obra está concluída, embora não se tenha informações sobre o desembolso dos recursos destinados ao projeto, de quase R$ 14 milhões, até agora.

Em Nova Esperança do Piriá,  
alunos vão às ruas ‘celebrar’
promessa que ficou no papel

Há quase um ano, o governador Helder Barbalho prometeu a reforma da Escola Estadual Lina Seffer, no município de Nova Esperança do Piriá, nordeste paraense. Na manhã desta quinta-feira, centenas de alunos da escola foram às ruas “celebrar” a promessa, conforme vídeo que circula nas redes sociais da região. Em passeata, os estudantes foram à Câmara de Vereadores com faixas e cartazes e reforçaram o protesto, mas calma, gente, há providências em curso; nem tudo está perdido.

TCM encerra coleta de
dados que prevê apontar
carências na rede escolar

Se bem andaram, técnicos do TCM concluíram ontem uma série de visitas para verificar a infraestrutura de escolas públicas estaduais e municipais. O trabalho, de alcance nacional, ficou de atingir 14 cidades, abrangendo todas as regiões do Estado, e prevê garantir os direitos de meninos e meninas, entre estes de projetos devolvidos pelo próprio tribunal.

Dados do Censo Escolar 2022, que subsidiaram a seleção das escolas visitadas no País, apontam que pelo menos 12,9 milhões de estudantes da educação básica da rede pública frequentam unidades que apresentam algum problema de infraestrutura. Quase um milhão deles estão matriculados em estabelecimentos de ensino sem acesso à água potável, e 390 mil estudam em escolas sem banheiros.