As obras do Cemitério da Soledade, em Batista Campos, estão sendo tocadas a toque de caixa, prevendo sua inauguração no próximo dia 12, data do aniversário de Belém. Porém – e sempre há um porém -, quando se trata de obras públicas, quem conhece do riscado sabe que tudo está sendo feito a três por quatro, deixando muito a desejar.
A observação é de um atento observador da coluna, rememorando obras como a reforma da Praça Waldemar Henrique, às proximidades do cais do porto, centro da cidade, e a construção do que foi um dia a Praça da Bíblia, quando o então governo Almir Gabriel ensaiava construir o elevado do Entroncamento.
Segundo o observador, profundo conhecedor do patrimônio público de Belém, no cemitério há túmulos que necessitam de limpeza especializada, outros, de restauração completa. A pintura do muro revela a utilização de tinta de baixa qualidade, parecendo mais uma obra de R$ 1,99, ‘típica de todas aquelas assinadas pela gestão municipal nos seus mandatos anteriores’. O trabalho, na verdade, nem parece restauro: a configuração original do cemitério ganhou ‘adornos’, como a construção de um portão e acesso para a travessa Dr. Moraes, o a descaracteriza.
O restauro e requalificação do cemitério resulta de acordo de cooperação técnica entre o governo do Estado e a Prefeitura de Belém, prevendo a área em um parque público, incorporando museu e outras ações culturais.
Símbolo de história e memória da cidade, o cemitério teve atividades encerradas em 1880 e entrou em processo de degradação. Foi tombado em 1964 pelo Iphan como patrimônio arquitetônico, urbanístico e paisagístico. Em 2021, após uma vistoria técnica, foi interditado pela Defesa Civil por apresentar riscos de queda do pórtico.
‘Passageiros da agonia’ a
caminho do Marajó: o som
que desenterra defuntos
Passageiros da balsa “Rainha da Condor”, que saiu de Icoaraci, Distrito de Belém. em direção ao Porto de Camará, em Salvaterra, às 8h30 do dia 31 tiveram que encarar a viagem de mais de três horas suportando um grupo de jovens bebendo e ouvindo música em som ‘tunado’ que ocupava todo o porta-malas, exatamente como aqueles que têm feito das praias do Pará um desafio – e isso tudo sem ser incomodado por ninguém, nem mesmo por um policial civil que estava fazendo, digamos assim, “a segurança” na embarcação.
Enquanto isso, na nova superorla de Salinópolis, após protestos, a prefeitura espalhou placas de “proibido som”, para não atrapalhar o descanso dos privilegiados, que só escutam o barulho das ondas e do vento do mar.
Grupo de jovens fez mais barulho na balsa que leva a Camará do que todos os ruídos juntos produzidos durante a festa da virada do ano na região/Foto: Divulgação.
Papo Reto
- Falou em segurança no atual governo estadual lembra-se do fiel escudeiro de velha data da família Barbalho, o Bené.
- O cara está “em todas”. Na última, foi visto organizando o serviço de estacionamento do Mangueirão durante o show do Gustavo Lima, no início de dezembro.
- A seção Saúde e Bem Estar do ‘New York Times’ desse fim de ano publicou reportagem sobre pesquisa da Universidade de Harvard feita durante 80 anos para como “fazer a vida boa”.
- A resposta foi “tendo relações ternas – ou fraternas, dependendo da tradução. Resposta óbvia. Afinal, nada é melhor do que ter amigos.
- O valor por veículo? R$ 30. Espaço público usada para fins lucrativos.
- Há quase três anos moradores da Generalíssimo Deodoro, entre Conselheiro e Mundurucus e proximidades vivem o drama da falta d’água diária, várias vezes ao dia.
- As mudanças na Lei nº 11.284 asseguram, agora, que o contrato de concessão de florestas públicas passa a prever o direito de comercializar créditos de carbono e produtos e serviços florestais não madeireiros.
- O Ministério da Saúde ampliou o programa de vacina da covid-19 para crianças de seis meses a quatro anos. O imunizante da Pfizer será aplicado na população infantil de forma escalonada, de acordo com a faixa etária.
- O Brasil deve produzir 36,4 milhões de toneladas de açúcar, um acréscimo de 4,1% diante da safra 2021/22; quanto ao etanol, é prevista expansão de 4,2%, diz a Conab.
- Fila para emissão de passaporte passa de 108 mil pessoas, mas o agendamento online do serviço e atendimento nos postos da PF continuam.
- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Fundação Banco do Brasil se juntam para ampliar acesso à saúde no Norte e Nordeste.
- A meta do programa é reunir R$ 200 milhões em recursos não reembolsáveis, dos quais R$ 100 milhões serão aportados pelo BNDES.
- Por falar no BNDES, o banco financiará projeto de aeronaves elétricas (até 2026) “projetadas para fazer voos urbanos, com baixos níveis de ruído e maior sustentabilidade na comparação com veículos tradicionais”, diz a instituição de fomento.