O ex-prefeito de Ananindeua Manoel Pioneiro mudou a estratégia da insossa campanha política para escolha de candidato à única vaga disponível no Senado ao Pará e entrou no modo da barriga para baixo tudo é canela, lembrando os velhos tempos de peladeiro.
A ficha do candidato caiu durante o fim de semana, ao somar os resultados de duas pesquisas – uma local, da Doxa, e outra nacional, do Ipec -, em que aparece com maior preferência junto ao eleitorado da Região Metropolitana de Belém e fona no Estado, respectivamente. O cotejo dos levantamentos levou Pioneiro do céu ao inferno em um piscar de olhos, obrigando-o a repensar os planos, se quiser chegar ao pódio.
Virou a chave da vaga
Nessa empreitada, pode-se dizer que o ex-prefeito Manoel Pioneiro foi rápido no gatilho. No final de semana, na cidade em que foi prefeito, o comício do candidato da chamada República de Ananindeua provou que não se faz omelete sem quebrar os ovos.
Ao lado do prefeito Daniel Santos e outros aliados e apoiadores, Pioneiro discursou sem meias palavras. Sem citar nomes, avaliou que “teve caras aí que passou 14 anos como senador da República e nunca trouxe um bombom pra Ananindeua; tem outro que passou oito anos e também nunca trouxe um bombom pra Ananindeua; e mais deputado federal que não tem identidade com Ananindeua”.
Chega de água com açúcar
No calor do discurso inflamado, o ex-prefeito foi mais longe, ao lançar o desafio segundo o qual, ‘na hora da comparação com os concorrentes ao Senado, caso não seja o melhor dos candidatos ‘rasga os seus diplomas de graduação e os eleitorais’, estes, concedidos pela população por sua atuação como prefeito e vereador do município e deputado estadual.
Moral da história: Pioneiro não engoliu o resultado da pesquisa – e dane-se a campanha água com açúcar para a vaga de Senador da República.