De tanto flertar com ela, ainda que despejando dinheiro público – e talvez por isso – em auxílios, cestas de alimentação e compra de respiradores no decantado combate à pandemia, o governador Helder Barbalho acabou “ganhando” a condição de contaminado pela Covid-19, ainda por cima, como se supões, “importada”. Não importa. O aparecimento de sua excelência de máscaras em eventos considerado públicos é completamente diferente das situações privadas, quando se junta a amigos despido deste que é tecnicamente um dos principais mecanismos de defesa contra a doença. Não à toa, como a coluna tem mostrado, o governador faz escola entre seus principais colaboradores.

Não é exagero dizer, com todo o respeito, que, em 45 dias, Helder perdeu para a Covid pela imprudência – ou pela arrogância, senão pela negligência ou, ainda, sem querer fazer comparações, pelo negacionismo que, nesse caso, e guardadas as devidas proporções, não é exclusividade do presidente Jair Bolsonaro. No dia 3 de dezembro ele esteve no Ibiza, badalada boate que funciona à Rodovia Mário Covas, em Ananindeua, sem máscara, reaparecendo, festeiro que é, nas comemorações pelo aniversário da cidade, já neste mês, até viajar com familiares para os Estados Unidos, onde alega ter contraído a doença.

Governador faz escola
e seja o que Deus quiser

No rastro do governador, o secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, também tem aparecido em eventos sociais sem o equipamento de proteção – e é verdade que máscaras não caem bem nessas circunstâncias: levanta a máscara, toma uma; levanta de novo, toma outra, enfim. Além do mais, Ualame e sua troupe estiveram no último dia 15 no Insano Marina Clube, na Cidade Velha, como integrantes do Bloco Kalango, que tradicionalmente promove festa com a presença do cantor baiano Ricardo Chaves e tem “filial” em Belém, daí o traje estiloso do secretário de Segurança Publica do Pará.

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