Secretário de Educação, Rossieli Soares acenou com mudanças que animaram no início da gestão, mas se revelaram mera repetição de práticas já conhecidas pela classe dos professores do Estado, agora com o viés da ameaça, como no caso do Diário Digital Escolar/Fotos: Divulgação
Professores assumem, sob ameaça, responsabilidade que caberia à direção das escolas e dizem que gestão, ao contrário do que apregoa, introduz mais uma carga de burocracia no sistema.
Teve gente que até se animou com a gestão do novo secretário de Educação do Estado, o ex-ministro do governo Temer Rossieli Soares. Ao assumir o cargo, em janeiro deste ano, o ex-secretário de Educação nos Estados do Amazonas e de São Paulo acenou com uma espécie de “novos tempos” na Secretaria, mas, passados cinco meses, tudo continua como dantes: escolas caindo aos pedaços e nada de novo no front em relação à melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
A mais recente medida para atormentar a vida dos professores é o Diário Escolar Digital, lançado em outra versão no final de abril. Até aí, tudo bem; só que a ordem é para que os docentes preencham o tal Diário com dados a partir de fevereiro desde ano, quando as aulas iniciaram, em um trabalho duplicado ou triplicado, até porque esse preenchimento já foi feito de forma manual.
Risco que corre o pau…
Trata-se de lançar frequência dos alunos um por um e dia após dia, o que está tirando o sono de muitos professores pela enorme burocracia, ou seja, o tempo desperdiçado nesse processo puramente burocrático poderia ser investido em organização e planejamento das aulas. Quer dizer, a função que seria de responsabilidade da Secretaria das escolas está sendo colocada nas costas dos professores. O pior é que a medida veio em tom de ameaça: quem não preencher corre o risco até de responder a processos disciplinares.
O mapa dos mestres
Pelo novo sistema, até o levantamento de quem frequenta ou não frequenta a escola passou a ser tarefa dos professores, quando deveria ser da direção, a partir do mapa entregue pelos docentes.
Segundo a Secretaria de Educação, ao final de cada bimestre, a equipe pedagógica da escola analisará as informações registradas no Diário para direcionar as intervenções educacionais necessárias à aprendizagem dos alunos.
Resumo da ópera: muda a gestão, mas as velhas práticas burocráticas continuam as mesmas.
Papo Reto
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