Os ambientalistas José Gomes, Márcia Nunes Lisboa e a filha Joene foram encontrados mortos no dia 11 de janeiro, em São Félix do Xingu, sudeste do Pará, mas até agora a Polícia Civil do Pará não oferece respostas ao crime/Divulgação.

Quarenta dias depois, a Polícia Civil do Pará segue sem respostas para o assassinato dos ambientalistas José Gomes, Márcia Nunes Lisboa e a filha deles, Joene Nunes Lisboa, encontrados mortos no dia 11 de janeiro em São Félix do Xingu, região sudeste do Pará. O silêncio da autoridade policial, insistentemente cobrada pelo Ministério Público Federal e por entidades de defesa dos direitos humanos consolida, no âmbito do MPF, a necessidade de pedir a federalização do inquérito, ainda que esta seja medida de certo modo extrema, uma vez que teria que ser analisada pela Justiça. Para se ter ideia, nem mesmo as investigações sobre o assassinato da missionária Dhoroty Stang, de repercussão internacional, chegaram a esse ponto.

No caso dos ambientalistas, a situação ganha contornos mais dramáticos por conta do suposto envolvimento de políticos da região, como o próprio prefeito de São Félix do Xingu, João Cleber, aliado do governador Helder Barbalho, e até policiais militares, conforme notícias veiculadas pela mídia nacional, blogs e redes sociais. Desde o assassinato, o MPF cobra informações da Polícia Civil e da Polícia Militar, mas apenas a PM respondeu aos ofícios, informando que ofereceu proteção policial aos familiares das vítimas. Desde o dia 14 de janeiro, os procedimentos do MPF sobre o caso tramitam sob sigilo.

Papo Reto

Divulgação
  • Observação desinteressada de leitor da coluna: “O governador Helder Barbalho entra no quarto ano de mandato de olho na reeleição e segue inaugurando obras cujos projetos foram concebidos na administração Simão Jatene”.
  • Afinal, que fim levou a investigação sobre o real motivo do desabamento da Ponte de Outeiro? A TV Liberal sustenta que o desastre foi provocado pela colisão de uma suposta balsa. A “tese”, sem pé nem cabeça, vai acabar entrando para o imaginário popular.
  • O governador Helder Barbalho  continua “amaciando” as empresas de navegação que possuem laços políticos em suas regiões com contratos milionários no transporte de passageiros em Outeiro.
  • A lista inclui empresas como a Bom Jesus e a Arapari Navegação, que têm, respectivamente, como sócios, os deputados estaduais Luth Rabelo e Ana Cunha, além da empresa do ex-deputado Antônio Rocha, de Santarém.
  • Gedoz (foto), o craque do Remo, confirmou nas redes sociais que teve de tomar duas injeções para jogar o Re x Pa. Atuou “infiltrado” e deixou o setor médico do clube em xeque.
  • Desde que foi lançada no mercado, há dois anos, a produção da chamada liga de alumínio primário, utilizada na indústria automobilística, foi ampliada em quase 100% na unidade da Albrás, em Barcarena.
  • Embora mais da metade da população brasileira seja composta de pessoas negras e pardas, e de todas as campanhas pela igualdade racial, crescem as denúncias de racismo e intolerância racial no Pará, Bahia e Rio de Janeiro.
  • As estatísticas socioeconômicas são ainda mais  severas, apontando os negros como menos letrados, mais atingidos pela violência, com maior taxa de mortalidade infantil e menores salários na comparação com a população branca.
  • E não adianta ter fama ou ser rico. Atletas famosos, artistas conhecidos, cientistas e estudiosos são perseguidos na internet e expostos a xingamentos, como o corredor inglês Louis Hamilton, que não escapou das baixarias de europeus.