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“Polícia não pode combater criminalidade cometendo crimes”, diz Lewandowski

Ministro classificou como “lamentável” o caso da jovem baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF)

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  • 26/12/2024, 08:30
“Polícia não pode combater criminalidade cometendo crimes”, diz Lewandowski

O ministro da Justiça e Segurança Publica, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (25) que a polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. Segundo ele, policiais precisam dar o exemplo.

 

“A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias”, afirmou.

 

O ministro classificou como “lamentável” o caso da jovem baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio de Janeiro, nesta véspera de Natal. E defendeu o decreto do governo para regular o uso da força por policiais. Entre outros pontos, o documento diz que a arma de fogo só poderá ser usada em último caso.


“O incidente demonstra a importância de uma normativa federal que padronize o uso da força pelas polícias em todo o país”, destacou.

 

Lewandowisk também afirmou que tem empenhado todos os esforços para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas.

 

Jovem baleada

A médica intensivista do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, Juliana Paitach disse que a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, que chegou baleada com tiro de fuzil na cabeça, numa ação da Polícia Rodoviária Federal, na rodovia Washington Luís (BR-040) “está em ventilação mecânica e recebendo medicamento para manter a pressão estável. Apesar da gravidade, há um padrão de estabilidade, uma vez que a jovem não apresentou piora no quadro de saúde”.

 

A médica explicou que Juliana “tem o estado grave, porém estável. Está em ventilação mecânica e em coma induzido. Da hora que ela chegou para agora, não teve piora, ela se manteve num grau de gravidade que estabilizou com a medicação e não teve piora. Ou seja, temos uma gravidade, mas num padrão de estabilidade, até o momento”.

 

A intensivista Juliana Paitach disse que o projétil que atingiu o crânio de Juliana foi retirado durante a cirurgia.  “Apesar da lesão cerebral ser uma lesão grave, ela não tem um sinal de gravidade que a gente faz uma hipertensão intracraniana. Na imagem inicial, você vê que não tem esse sinal de gravidade, então, a gente vai ter que acompanhar, ver como vai evoluir”, explicou a médica.

 

Afastamento

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que os dois homens e a mulher que participaram da abordagem ao carro da família de Juliana Rangel na BR-040, em Duque de Caxias “foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais”. Os dois fuzis e a pistola usados pelos agentes foram apreendidos pela Polícia Federal, que está encarregada das investigações.

 

A Polícia Federal informou que as armas dos agentes da PRF passarão por análise pela perícia técnica criminal, que determinará de que arma saiu o projétil que atingiu a vítima na cabeça.


Fonte: CNN Brasil/Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.