Mudança na lei eleitoral obriga governador Helder Barbalho a alterar planos para eventual embate contra Jatene em 2022/Divulgação

Desde antes da posse no governo do Pará, nada ocupou mais tempo na agenda de Helder Barbalho do que a obsessiva busca por tornar o ex-governador Simão Jatene inelegível para 2022. Sabe-se lá a que preço ele – o governador Helder Barbalho – conseguiu o impossível: à quase unanimidade dos deputados, até mesmo aqueles que sempre se locupletaram do poder ou simplesmente juravam amizade eterna a Jatene crucificaram o ex-governador reprovando suas contas, matéria líquida e certa já apreciada  tecnicamente e aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado. Os Barbalhos, então, fizeram festa na Torre para celebrar o fato “histórico” que, acreditavam, representaria a remoção da última pedra no caminho do insano desejo de se perpetuarem no poder.

Nova regra eleitoral abre
espaço à candidatura

Eis que agora, como se os céus se abrissem, o Congresso Nacional aprova e o presidente Jair Bolsonaro sanciona – ainda que a contragosto, já que a medida irá beneficiar algumas figuras indesejáveis – as novas regras eleitorais para o ano que vem, permitindo a disputa eleitoral mesmo em caso de rejeição de contas, o que deixa caminho livre para o ex-governador e um gosto amargo na boca de seus adversários dependurados na torre.

Dois cenários e dois caminhos
para  o ex-governador do Estado

Para aqueles que se manifestam ansiosos pelas definições de Simão Jatene há os seguintes cenários: o ex-governador aguarda o resultado das prévias nacionais do PSDB e o que segue: hipótese 1; se vencer o governador Eduardo Leite, Jatene disputará o comando do Pará com o 45, garantindo palanque ao gaúcho  – pelo menos no 1⁰ turno; hipótese 2: se o vencedor for João Dória, governador de São Paulo, Jatene deixa o PSDB porque sabe que os dissidentes colocados pelo deputado federal Nilson Pinto no colo de Helder Barbalho está vendida e fechadíssima com Hélder & Lula. Nesse caso, o destino será o PSD de Helenilson.