
Atribui-se ao governo do Pará a promoção carnavalesca do último final de semana na Estação das Docas que lembra, mais uma vez, a necessidade de ação do Ministério Público do Estado dos velhos tempos. Só quem ficou de fora, por falta de convite – mas entrou, seguramente -, deve ter sido o coronavírus, a Covid-19 e suas variantes intermináveis. De resto, a festa não teve o menor controle sanitário, incluindo a exigência de máscaras – que caberiam bem no carnaval -, e distanciamento. O que abundou na festa foi álcool, mas não em gel. Por óbvio, a Polícia ficou de fora, mas não por falta de convite dos promotores, o mesmo valendo para o Conselho Tutelar, que deveria observar as crianças presentes.
De um leitor revoltado da coluna: “Vivemos, hoje, um estado de esquizofrenia total, onde as pessoas não podem trabalhar e crianças não podem frequentar aulas escolas sem o tal passaporte vacinal. Mas, no carnaval, tudo está permitido. Não sou contra o carnaval, gosto muito, mas por que não se libera logo tudo, de vez ao invés de ficar selecionando o que pode ou não pode? A hipocrisia é total”. Com a palavra, o governo do Estado do Pará.
Veja o vídeo:
Pandemia: secretário é afastado
do cargo em Parauapebas por “descuido sanitário”
O secretário de Educação de Parauapebas foi afastado do cargo pelo MP devido a supostas irresponsabilidades nas políticas de combate à Covid-19 na volta às aulas. Fontes do Sindicato de profissionais da educação do município mais rico do Norte dizem que a educação não tem planejamento para compras ou contratações de itens essenciais para o andamento da pasta, embora dinheiro não seja problema. Com um orçamento de mais R$ 500 milhões para 2022 e população de cerca de 220 mil habitantes, Parauapebas não acerta com secretários há muito tempo, seja por incompetência, seja por improbidade – a ordem dos fatores não altera o produto.