Levantamentos da Segup apontam seguidas quedas nos índices da criminalidade, mas os estudos ignoram dados de outubro, “o mês que não aconteceu” para a segurança pública do Pará/Agência Pará

Enquanto o jornal “O Liberal” tem aumentado em conteúdo – com a criação de novos cadernos – e bamburra com tanta publicidade do governo Jair Bolsonaro, o “Diário do Pará”, jornal da família do governador Helder Barbalho, aplica uma nada discreta redução de páginas em alguns cadernos – incluindo o Caderno de Polícia, que caiu de oito páginas sangrentas para quatro sangrentas páginas. Nada contra: trata-se de medida de economia que as empresas jornalísticas costumam adotar de tempos em tempos – ou seria em tempos de crise? -, principalmente por conta dos custos operacionais e da alta de preço dos insumos. Mas, convenhamos, este não é exatamente momento de reduzir custos no principal jornal de apoio ao governo – tido como o Diário Oficial do governador Helder Barbalho -, cujos gastos com publicidade, que chegarão a mais de R$ 100 milhões até o final deste ano, também são canalizados para o Grupo RBA. Só agora em novembro e dezembro serão nada mais, nada menos do R$ 25 milhões de verba extra de publicidade.

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Criminalidade em queda
no Estado, segundo a Segup

A medida encontra explicações jocosas. Uma delas é a de que o jornal reduziu o Caderno de Polícia para “acompanhar” a redução da criminalidade cantada em prosa e verso pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, embora nas quatro páginas remanescentes possa se observar que os tempos continuam sangrentos no Pará, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, com crimes que vão do tráfico de drogas ao contrabando de minérios, passando por assassinatos – ou tentativas frustradas – de agentes de segurança a mortes em confrontos com a Polícia, sem falar em outros crimes de menor potencial. Como a coluna já antecipou, os levantamentos da Segup sobre a violência do Pará apontam quedas sucessivas, inclusive por conta da supressão do mês de outubro do mapa.

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Um estádio de futebol
em troca do silêncio?

Muita gente se espantou com os quase R$ 100 milhões que o governo do Pará planeja investir nas obras de recuperação e ampliação do Estádio Colosso do Tapajós, em Santarém, mas há um entendimento geral de que, por trás dessa bondade, além do modo perdulário de governar, estaria o plano do governador de subjugar uma vontade latente de emancipação da região, que volta a recrudescer depois do frustrado plebiscito no qual o próprio Helder Barbalho se mostrava sutilmente a favor, lá, e contra, aqui.

Papo Reto

Divulgação
  • Empresários que prestam serviços a órgãos do governo do Estado em obras urbanas e pelo interior estão reclamando dos “custos”, hoje, à base de 30%.
  • Nas estradas, quem também reclama dos policiais rodovias do Estado são os caminhoneiros. Que o diga o sindicato da classe em Belém. 
  • Está difícil marcar consultas pelo  Ipasep, dizem servidores, aposentados e pensionistas do Estado. Várias clínicas cortaram convênio com o Instituto por suposta falta de pagamento.
  • O Pedreira, de Mosqueiro, o “Gigante da Ilha”, caminha para voltar à elite do Parazão. Pensando nisso a diretoria, à frente o presidente Sandro Peralta, procede completa reforma do Estádio São Sebastião.
  • De músicas como “Burguesinha” até uma inesperada carreira artística no cinema nos papéis de “Marighela” e “Pixinguinha”, o cantor e compositor Seu Jorge, 51 anos (foto), promete ser recorde de bilheteria nos dois filmes.
  • O governo federal aumentou valor dos benefícios pagos a famílias carentes e reajustou faixas de extrema pobreza e de pobreza, para definição do pagamento do Auxílio Brasil.
  • A oposição esperneia, chama de “ação eleitoreira”, mas a verdade é que, em tempos de pandemia e economia chafurdada, virá em boa hora.
  • Nos próximos dias, o YouTube passará a omitir a contagem de deslikes em todos os vídeos de sua plataforma, com a justificativa de “evitar votações negativas  massivas em certos vídeos”, além de torná-la “mais inclusiva”.
  • Conservadores, no entanto, juram de pés junto que o verdadeiro foco é escamotear a rejeição a conteúdos e líderes com perfis esquerdistas.