Não demora muito, o Ministério Público deve receber – se já não recebeu – dossiê sobre a atuação do  lobista Alisson Ramos de Moraes, que também atende pelo nome de Alisson Farah nos bastidores da máquina do Estado. O documento, produzido por desafetos de Alisson, dono de empresas que atuam na órbita do Detran, em Belém e no interior, e na área de navegação, com “terceirizadas”, aponta suposto envolvimento de Alisson Ramos, aliás, Alisson Farah, com milícias  que operam em Belém e região metropolitana. O material contém fotos, áudios e vídeos considerados “comprometedores” e citaria nominalmente pessoas que inclusive aparecem na companhia do empresário em fotos e vídeos nas redes sociais. Segundo denunciantes, Alisson alega ter “força” na administração estadual, onde explora serviços e indica pessoas de seu interesse, comercial ou político. 

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Prédio histórico não paga dívida
de R$ 20 milhões, mas pode ruir

O palacete Victor Maria da Silva, que fica ao lado da pracinha conhecida como “Ferro de Engomar”, em Batista Campos, está se deteriorando a olhos vistos. Quem passa por lá e vê o seu estado não acredita que suas platibandas, decoradas com balaústres de porcelana, possam aguentar até o final deste inverno. O proprietário do imóvel, o Grupo Armazém Paraíba, deve mais de R$ 20 milhões de impostos ao Estado, e tentou fazer encontro de contas dando o palacete como pagamento. A oferta foi recusada. Diante da negativa, o precioso imóvel foi largado no tempo, sofrendo toda a sorte de agravos, estando a cidade a ponto de perder mais uma de suas construções por falta de cuidados e manutenção.

Aliás

Amigo da coluna que costuma bater perna pela cidade fez dolorosa imagem fotográfica do outrora influente e poderoso Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro, o Npor,  localizado na esquina da travessa14 de Março com a avenida Gentil Bitencourt, bairro de Nazaré. O belo prédio está em ruínas, denotando não só descaso com o dinheiro público pago às duras penas pelo incauto contribuinte nacional,  como também desprezo pela história tão recente quanto tão importante dessa instituição. 

• O deputado federal Beto Faro, do PT, candidato ao Senado com apoio do governador Helder Barbalho, aparece na lista dos maiores frequentadoras do quino andar da Torre, com pelo menos três visitas por semana. Beto faz política, não negócios.
• Sabe-se agora: o ex-prefeito Manoel Pioneiro (foto), candidato ao Senado com prometido apoio do senador Jader Barbalho, pai do governador, não leva muito a sério as informações de que Jader Filho será suplente na chapa de Beto Faro.
• Depois de longa negociação, o Grupo Líder colocou placas na estratégica área da antiga Belauto, com frentes para a avenida José Malcher e a travessa José Bonifácio, onde planeja construir supermercado e shopping.
• As obras de restauração do Cemitério da Soledade estão indo em um ritmo tão desacelerado que a impressão que se tem é que ficarão para a eternidade, com o perdão do trocadilho.
• Josenir Nascimento segue na tipoia do governador Jader Barbalho, ainda que – ou por isso mesmo – ocupe a presidência da Federação dos Municípios.
• Vez por outra o Diário Oficial do Estado, feito para poucos, publica portaria de pagamento de diárias a Josenir para acompanhar o chefe de governo em andanças pelo interior do Estado.
• Dizem que o contrato assinado entre o governo do Pará e a empresa Bom Jesus Navegação, da família do deputado estadual Luth Rabelo, bate a casa dos R$ 12 milhões. Dizem.
• O certo é que, recebendo ou não esse valor, a empresa caiu em desgraça junto à população de Outeiro por causa da precariedade dos serviços de transporte que oferece, desde que a ponto foi a pique.
• Aliás, a coluna tirou a limpo a questão da ponte que o governo do Estado irá construir na PA-151, próximo à Vila Retiro Grande, sobre o rio Camará, ligando Salvaterra a Cachoeira do Arari. Serão cerca de 200 metros, para mais, ou para menos.

O prefeito Guto Gouveia, de Soure, presidente da associação dos municípios da região, pediu ao governo do Estado estudo de viabilidade para a construção de ponte sobre o rio Paracauari, que viabilizaria ligação direta entre Soure, Cachoeira do Arari e Salvaterra.