Clientes apontam irregularidades em operações de clínica que incluem estufas inoperantes e uso improvisado de forno elétrico para esterilização de utensílios cirúrgicos em Belém, Icoaraci e Castanhal/Fotos: Divulgação.

Com todo o respeito, o Conselho Regional de Odontologia deveria exigir – se é que não o faz – maior rigor na fiscalização de consultórios e clínicas odontológicas em Belém. Há muitas denúncias contra a precariedade no funcionamento de clínicas envolvendo suposta falta de higiene e de equipamentos, inclusive com imagens registrando estufas inoperantes e uso improvisado de forno elétrico para esterilização de utensílios cirúrgicos. Como campeão de denúncias formuladas por pacientes e odontólogos aparece uma clínica odontológica de fora do Estado.

A clínica, pertencente a um grupo empresarial do Ceará, seria proprietária de dez unidades odontológicas em funcionamento no Pará, a saber: área do Ver-o-Peso; Campos Sales e 13 de Maio, no centro comercial de Belém; avenidas Senador Lemos, Telégrafo, e Pedro Miranda, na Pedreira; duas no Entroncamento e outra no Distrito de Icoaraci, além de mais duas em Castanhal e outra que estaria sendo inaugurada em shopping da Região Metropolitana de Belém.

Mutirão de implante

Segundo denúncias encaminhadas à coluna, a clínica em questão investe pesadamente em publicidade, promovendo shows artísticos com cantores famosos para oferecer serviços em ‘mutirão de implante’, quando, sugerem os denunciantes, devia investir em material cirúrgico e insumos para suprir as necessidades clínicas e operacionais de suas unidades, dando segurança aos seus pacientes.

Ações reconhecidas

Entre as denúncias encaminhadas à coluna uma se destaca por apontar a suposta presença de profissional não habilitada na área de Odontologia como responsável pelas unidades da empresa no Pará.

A coluna tentou fazer contato com os responsáveis pela empresa em Belém e com a direção do Conselho Regional de Odontologia para esclarecer a situação, mas não obteve sucesso. Sabe-se que o Conselho tem atuado fortemente na fiscalização, conforme informações veiculadas pela Imprensa, mas nem sempre consegue êxito total.  

De qualquer modo, o espaço está aberto a quem interessar possa – principalmente porque os denunciantes cobram fiscalização dos órgãos responsáveis.

Papo Reto

Divulgação
  • Recente encontro de médicos em Belém pariu a notícia de que o presidente da Santa Casa, Bruno Carmona (foto), apertado pelo governador para entrar na campanha, disse que é ‘Lula desde criancinha’.
  • O Instituto Benjamin Constant, vinculado ao MEC, distribui gratuitamente álbum de figurinhas dos jogadores da Seleção Brasileira adaptado em braile, para atender pessoas com deficiência visual.
  • Cratera formada por queda de asteroide em Goiás é reconhecida em lista que selecionou 100 sítios do patrimônio geológico do mundo.
  • Domo de Araguainha, que fica entre GO e MT, foi criado pelo impacto de um asteroide há cerca de 250 milhões de anos. Apenas outros dois locais brasileiros entraram na lista: um no RJ e outro em MG.
  • Arrecadação federal é de R$ 166,28 bilhões em setembro, acumulado do ano R$ 1,63 trilhão, um acréscimo pela inflação de 9,52%. 
  • A alta pode ser explicada, principalmente, pelos crescimentos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
  • Soma R$ 133,24 bilhões a projeção de recursos privados a serem alocados pela iniciativa privada na implantação de empreendimentos ferroviários no País.
  • O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou o fim de dedução de saúde e educação no imposto de renda. O governo, diz ele, estuda corrigir a tabela e aumentar as isenções para as classes mais baixas.
  • O Senado aprovou repasse de R$ 2 bilhões para Santas Casas, visando a sustentabilidade econômico-financeira dessas instituições na manutenção dos atendimentos. Recursos poderão ser utilizados até o final de 2023.
  • O Conselho Federal de Medicina, além de recomendar o uso da cloroquina para a covid, decidiu proibir a indicação do canabidiol, produto derivado da maconha, para pacientes que necessitam do medicamento.
  • A Anvisa não concorda com a decisão, os médicos tampouco, e têm pressionado o Conselho a rever a proibição.