Apoio declarado do governador Helder Barbalho ao ex-presidente Lula não caiu bem em alguns setores no Pará. Bolsonaro chega para cumprir agenda em Belém e Mário Couto confirma que se integrará à campanha de reeleição do presidente/Fotos: Divulgação.

A terceira Lei de Newton – a toda ação corresponde uma reação de igual intensidade e em sentido contrário – assumiu proporções raramente vistas no Pará depois que o governador reeleito, Helder Barbalho, escancarou apoio à candidatura do ex-presidente Lula no segundo turnos das eleições, previsto para o próximo dia 30. A onda de protestos pipocou nas redes sociais, templos e igrejas, com repúdio nos meios políticos e empresariais e mesmo em outros segmentos que acabaram de votar no governador. Ouça o áudio de um dos apoiadores de Helder: 

Por estranho que pareça, porém, uma dessas reações implicaria na decisão do presidente Jair Bolsonaro que, com agenda marcada em Belém, ficaria por um dia participando de eventos do Crio de Nazaré, com a possibilidade de visitar a Basílica Santuário de Nazaré, programação não confirmada, mas muito comentada.

Outra reação teria sido a inesperada união de lideranças políticas até poucos dias distantes, tais como o senador e candidato derrotado ao governo do Estado Zequinha Marinho, Mário Couto e os deputados federais reeleitos Eder Mauro e Joaquim Passarinho, além do ex-governador Simão Jatene.

Outra reação teria sido a decisão do ex-presidente Michel Temer em anunciar nas próximas horas apoio à reeleição de Jair Bolsonaro, supostamente irritado por ter sido, digamos “enquadrado” pelo governador Helder Barbalho que, em São Paulo, garantiu a ‘neutralidade’ de Temer, frequentemente adjetivado de ” golpista ” pelo próprio ex-presidente Lula da Silva a propósito do impeachment da presidente Dilma. Pelo sim, pelo não, convém ficar atento.  

Couto confirma atuação
na campanha de reeleição
do presidente Bolsonaro

Além da vinda programada para Belém neste sábado, para participar do Círio Fluvial, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, já está trabalhando firme na articulação junto à bancada eleita de seu partido no Congresso Nacional para que trabalhem a caça aos votos para este segundo turno das eleições.

Em reunião na quarta-feira, em Brasília, o ex-senador Mário Couto, que tentou voltar ao Senado Federal e terminou como o segundo mais votado, foi o único não eleito a participar da reunião, convocado por Bolsonaro pela expressiva votação que obteve no último domingo, com quase um milhão e meio de votos.

Os exatos 1.485.453 votos credenciaram Mário Couto ao chamamento pelo presidente Bolsonaro, feito através do presidente do PL, Waldemar Costa Neto. Nos bastidores, a informação é de que a conversa foi muito produtiva, e Mário Couto deve continuar em campanha pela reeleição de Bolsonaro, cujo partido conseguiu eleger 22 novos deputados, ficando com a maior bancada do congresso, com 99 deputados para 2023.

Já no Senado, por pouco Mário Couto não se tornou o 9º nome eleito da legenda, que fez três senadores na região Sudeste, dois no Centro-Oeste, e um nas regiões Nordeste, Sul e Norte, onde o PL esteve próximo de fazer dois senadores, caso Couto tivesse sido eleito.