A engenheira civil Adriana Falconeri, eleita recentemente, diz que a iniciativa visa a defesa dos profissionais e publicou a decisão de recorrer nas redes sociais do Conselho/Fotos: Divulgação.

Até aonde a vista alcança, a presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará – Crea, engenheira civil Adriana Falconeri, nascida em Santarém, oeste do Pará, é a única presidente de uma entidade de classe a reagir à prática de preços aviltantes adotada pelo Estado na contratação de profissionais de várias áreas. Há casos em Belém enfiados goela abaixo que, ou remetem à premente procura por emprego a qualquer custo, ou carecem de uma entidade forte de defesa.

De olho nos editais que desrespeitam o salário mínimo profissional, o Conselho protocolou pedido de impugnação ao Edital de Concurso Público Nº 001/2022, publicado pela Secretaria de Meio Ambiente. A sustentação é de que o valor atribuído ao salário oferecido para os cargos de engenheiro civil e outras modalidades no certame está abaixo do piso salarial da categoria, definido pela Lei n° 4.950-A/66.

Exigências do edital

Tendo em vista a natureza e a alta complexidade do cargo, o edital exige a apresentação de certificado de conclusão de curso superior em Engenharia por instituição de ensino devidamente reconhecida pelo MEC e o respectivo registro perante o Conselho Fiscalização Profissional competente. Entretanto, o instrumento convocatório prevê, a título de contraprestação, remuneração mensal de R$ 3.104,35 para o cargo público efetivo de engenheiro civil e outras modalidades tecnológicas e da Geociências, por 30 horas semanais trabalhadas, como se observa no quadro demonstrativo do edital.

A presidente do Crea-Pará, Adriana Falconeri, afirma que esta impugnação faz parte de uma atuação contínua do Conselho em defesa do salário mínimo, além de valorizar os profissionais em atuação.

Em defesa da classe

“Estamos atuando de forma firme junto aos órgãos públicos e privados para orientar os gestores para que o salário mínimo dos nossos profissionais seja respeitado nos editais de concurso público”, ressalta.

A impugnação é feita por meio da Procuradoria Jurídica do Crea, que sempre é municiada com informações dos profissionais vindas, principalmente, das redes sociais.

Ninguém cobra nada

Recentemente, o Tribunal de Contas dos Municípios lançou edital para concurso em que prevê, inclusive, a contratação de conselheiro substituto, com exigências que vão além daqueles que regem as indicações políticas e aprovação da Assembleia Legislativa e que não são aplicadas nesses casos. Os valores oferecidos aos eventuais candidatos, exceto para conselheiro substituto, estão abaixo dos praticados pelo mercado, mas o silêncio das entidades de classe é sepulcral.

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Comércio exterior pressiona
Estado e exige certificado para
compra de produtos da região

Sabe-se que o governo Lula pretende fechar as porteiras escancaradas pelo governo Bolsonaro e diminuir drasticamente a atividade clandestina de desmatamentos e garimpos ilegais, que ficaram totalmente sem controle nos últimos anos. Estima-se que 40% da madeira retirada e 75% do ouro extraído vêm de atividades ilegais e o comércio exterior está cada vez mais exigente com a procedência de produtos da Amazônia, seja minério, carne, soja e madeira. Todos terão de ter certificado de origem. 

O manejo florestal sustentável, que vem sendo desenvolvido em diversas regiões, como na floresta de Caxiuanã, no Marajó, e na Flona de Santarém, mostraram-se viáveis e rentáveis, com uma concessão de 25 milhões de hectares ano para se trabalhar retirando apenas as árvores com idade de corte. Ocorre que há indícios de que madeireiros ilegais avançam sobre o Estado do Amazonas, principalmente no município de Lábrea, onde o acesso pela rodovia BR 319 facilita a retirada ilegal de floresta intacta do bioma amazônico. O governo Bolsonaro aprovou a pavimentação asfáltica da rodovia que atrairá uma intensa migração. 

Papo Reto

Divulgação
  • Comerciantes do Mercado de Icoaraci ‘por aqui’ com o prefeito Edmilson Rodrigues (foto), por conta da tal reforma milionária, financiada pelo Estado, que nunca anda. 
  •  Cansada de bancar a obra sem receber as faturas da prefeitura, nesta semana a empresa construtora meio que apagou fogo com gasolina na obra, ao abandar de vez o canteiro.
  • Em eras que antecederam a pandemia, nesta época do ano, o que mais se ouvia eram lamentos de servidores municipais preocupados com a incerteza de receber o 13º salário, tamanho eram os rombos fiscais.
  • Boa parte das prefeituras, hoje, já pagou metade do encargo em julho, não se tendo notícia de dificuldades de fechar a conta.
  • Não há quem consiga conter a saga, cada vez mais requintada, dos marginais cibernéticos. Todo santo dia surge um golpe novo, a ponto de a população vir criando pavor de abrir e-mails e atender chamadas não identificadas.
  • Mas, o que chama a atenção mesmo é o fato de muitos correntistas do Banco do Brasil estarem sendo assediados como nunca com tentativas de fraude. Parece que viraram alvos preferenciais da bandidagem.
  • Não tem sido nada fácil a transição política implementada pelo PT e partidos aliados que assumem o poder da República em toda sua complexidade dia 1° de janeiro.
  • No Pará, a disputa interna entre PT e MDB por cargos federais mais relevantes promete embates acirrados até a decisão final.
  • E haja as lideranças do partido no Pará se reunirem para buscar um acordo conciliado de nomes para Dnit, Eletronorte, Incra, Sudam e Basa.
  • O Iasep, plano de saúde dos servidores do Estado, constatou tanta falcatrua com parentes de servidores que oneravam as contas da saúde que decidiu mudar as regras do jogo.
  • Servidor só poderá incluir em seu plano o cônjuge e filhos, ficando de fora os pais e demais parentes próximos.
  • Boa parte dos novos concursados são pessoas jovens, sem cônjuges ou filhos, que impactam pouco nas contas do plano de saúde, mas prejudica o servidor de baixa renda.