Polícia Rodoviária do Pará ganha fama nacional através de caminhoneiros que se dizem explorados em barreiras no sul-sudeste do Estado/Agência Pará

A Polícia Rodoviária do Pará precisa ser passada a limpo imediatamente, antes que empurre para o lamaçal das denúncias de corrupção, indistintamente, a instituição Polícia Militar, à qual é vinculada, todo o alto comando e o próprio comandante da corporação. A atuação dos agentes da PRE na região sul-sudeste do Estado ganhou fama nacional, tantos são os abusos, as denúncias de cobrança de propina e de facilitação, como no serviço de segurança ao transporte de minério explorado ilegalmente. Os alvos preferencias da PRE são os caminhoneiros, a maioria de fora do Estado, que trafegam ao longo da PA-150.

Comandante estabelece
valor e não negocia

Áudio encaminhado à coluna ontem corrobora tudo o que se diz, dentro e fora do território paraense, sobre o braço rodoviário da Polícia Militar. Barreira montada em Goianésia funciona para atender aos interesses da PRE, com suposta participação do comandante da corporação na região, a quem cabe, segundo a denúncia, estabelecer o valor a ser pago pelos caminhoneiros: R$ 100 por eixo de cada veículo. Como o tráfego na PA-150 é considerado “pesado” – por conta da carga transportada -, a PRE mira grandes veículos, de mais de quatro eixos ou bitrens, faturando o que bem entender. Veja o áudio:

Sentimento de revolta
cresce entre a população

As denúncias contra a desastrosa atuação da Polícia Rodoviária Estadual não se restringem apenas à prática de cobrança de propina de caminhoneiros que trafegam na região: a população vem remoendo um sentimento de revolta contra a PM diante do aumento da violência, enquanto agentes públicos fazem cara de paisagem e se concentram nos próprios interesses. Recentemente, a coluna recebeu denúncia da morte de um agente federal que reagiu a assalto dentro de um ônibus que se dirigia à capital. Os assassinos, segundo o policial federal que contatou a coluna, são figuras carimbadas na região, mas seguem atuando sem serem importunados pelos representantes da segurança pública.

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