Deputado estadual Fábio Freitas e ex-vereador Joaquim Campos visitam escolas nos bairros do Tapanã e Marco, mas só têm olhos para os eleitores; problemas que afetam a comunidade escolar passam ao largo dos interesses políticos/Fotos: Divulgação.

Em ano eleitoral, a corrida atrás de votos chegou de forma descarada e escancarada nas escolas públicas. Sob a chancela das Unidades Seduc nas Escolas – Uses 8 e 9 -, por exemplo, o deputado estadual Fábio Freitas, o ex-vereador de Belém Joaquim Campos e uma turma de cabos eleitorais se apresentaram a título de oferecer “palestras antidrogas”, mesma justificativa usada para percorrer outras unidades de ensino da Grande Belém, como nos bairros do Marco e Tapanã.

Palestra para inglês ver

O público alvo envolve principalmente alunos do último ano do ensino médio, ou seja, alunos em idade de votar. Interessante observar que que toda a cena, na maioria dos casos é acompanhada de perto, com indisfarçável empenho e em bloco por professores das unidades e diretorias de escolas, o que remete à pergunta: será que algum deles teria sido indicado pelo deputado Fábio Freitas ao cargo? 

Mas, o que chama a atenção mesmo é que as tais palestras se trata apenas de um blablabá sem pé nem cabeça: a comitiva não apresenta nenhuma solução para a  precariedade  das escolas, como na Escola Padre Francisco Berton, no Tapanã, que não possui ventiladores na maioria das salas.  

Palestras contra uso de drogas serão sempre benvindas, mas que sejam acompanhadas de soluções para os problemas críticos enfrentados pela comunidade escolar – caso contrário é compra de votos.