Pesca industrial precisa de respiradores

Indústrias e armadores de pesca do Estado já não escondem o real “x” do presente deserto que atravessam: as faturas das vendas futuras de pescado, descontadas junto a instituições de crédito nos meses finais  do ano passado – vendas que, aliás, acabaram não entregues por conta das consequências avassaladoras impostas pela pandemia do novo coronavírus – acabaram gerando verdadeiras bolas de neve que os bancos, agora, sem dó nem piedade, começaram executar. Ninguém se salva desse flagelo de dívidas e baixa produção.

Mão na roda

Empresário com trânsito nas altas rodas da sociedade paraense, cuja família mantém contratos de aluguel com o governo, assumiu a diretoria de um importante órgão estatal. Como o moço também é ordenador de despesas está, literalmente, pagando a si mesmo. Na prática, é a raposa vigiando o galinheiro. Apesar de o contrato já ter encerrado, o empresário continua recebendo o valor do aluguel graças a pandemia, que, como todo mundo está careca e saber, é mãe para uns e madrasta para outros.  

Damares em cartaz

Divulgação

A ministra Damares Alves (foto), da Família e dos Direitos Humanos,  ganha cada vez mais cartaz com o presidente Jair Bolsonaro graças ao trabalho desenvolvido no programa Abrace o Marajó, que tem sido carinhosamente embalado pela mídia nacional e pode ser adotado em outras regiões do País com baixo IDH. Damares tem movido céus e terras, do Oiapoque ao Chuí, pedindo apoio de empresários e organizações sociais para aquisição de cestas básicas para distribuição em todos os recantos do Marajó.

Cartão de visita

 O tema já está meio que batido, mas vale lembrar: nem bem abriu as portas em Belém, a Havan já cometeu duas infrações que irão acabar na Justiça. No campo da saúde, a aglomeração causada na inauguração, contrariando as regras sanitárias; no campo trabalhista, a loja abriu as portas em pleno domingo do Círio, ignorando a decisão do acordo coletivo selado  entre patrões e empregados.

Longe das urnas

Pesquisa do Ibope aponta que 28% dos cariocas não pretendem votar nestas eleições, e 22% dos paulistas também não irão às urnas. No Pará, esse número cai para 16%, mas a média nacional é de 20%. Cientistas políticos avaliam que boa parte da população já não acredita na classe política e o desencanto gera esse fenômeno. O problema é a obrigatoriedade do voto e a crise consciência de cada um. Parece mais um cenário virtual.

Retrato do Brasil

Outubro é o mês em que se comemora o Dia Nacional da Leitura, mas, nesse particular, o Brasil não tem nada a festejar; muito pelo contrário. A pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, divulgada em setembro pelo Instituto Pró Livro em parceria com o Itaú Cultural, aponta que o País perdeu 4,6 milhões de leitores adultos em quatro anos. Foram feitas 8.076 entrevistas em 208 municípios de 26 Estados de outubro de 2019 e janeiro de 2020.

Assim que se faz

MPE e UFPA assinaram termo de cooperação técnica para alavancar o Programa  Educação para Democracia, que promove palestras na rede pública de ensino visando o enfrentamento de crimes sexuais contra crianças e adolescentes. O programa de extensão, que tem apoio da Promotoria da Infância e Juventude, é coordenado pelo professor Luiz Alberto Rocha e conta com a participação dos discentes da universidade.

Imunidade coletiva?

A Organização Mundial da Saúde alerta as autoridades sanitárias mundo afora que “não é uma opção” deixar o novo coronavírus circular livremente para que a população adquira imunidade coletiva, como alguns sugeriram. Para o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “nunca na história da saúde pública a imunidade coletiva foi usada como estratégia para responder a uma epidemia, muito menos a uma pandemia”.

Apaga a luz!

A estação espacial que orbita a 428 quilômetros da Terra recorreu a manobras evasivas para não ser atingida por um objeto não identificado. Por precaução, após programarem a manobra no computador e deixar a estação no automático, dois astronautas russos e um americano se refugiaram na nave Soyuz para, se necessário, fugirem no momento do impacto, chegando à Terra sãos e salvos. O objeto – ufa! -, passou a pouco mais de um quilômetro da estação.

As obras de asfaltamento de ruas na maioria das cidades paraenses só serão inauguradas quando estiverem com a sinalização completa.

• Mais que isso, o governo do Estado diz não querer que as inaugurações ainda neste ano pareçam obras eleitoreira. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

• Uma palmeira outrora viçosa plantada no Armazém 3 da Estação das Docas necessita de cuidados para não morrer.  Parece que o pessoal da Pará 2000 ainda não viu.

•A Vale lançou recentemente o Instituto Cultural Vale, que prevê contribuir com a transformação social democratizando o acesso à cultura e estimulando as expressões artísticas.

No Pará, a Vale patrocina cerca de 20 projetos, entre eles, o Círio de Nazaré e o Vale Música Belém. A verba de patrocínio totaliza a bagatela de R$ 20 milhões para 60 municípios.

A gigante Amazon manifesta interessa nos Correios para ampliar suas vendas on line  para o Brasil e outros países da América do Sul. Negócio em torno de R$ de 15 bilhões.

A violência em Belém não dá trégua nem durante a pandemia. Nos primeiros 270 dias do ano, segundo levantamento da Polícia militar, foram registrados 1.596 homicídios no Pará – 490 (30%) com características de execução, com provável participação de milicianos. 

Mais da metade das mortes no trânsito no Pará neste ano foram tipificadas como homicídio. Em números redondos: 579 mortes das 1.015 registradas, ou quatro mortes por dia.

Até setembro deste ano, conforme fonte da Policia Civil, 2.282 celulares e 321 residências foram roubadas  em todo o Pará. Que segurança é essa, afinal?

 Está cada vez mais distante o sonho do prefeito de Conceição do Araguaia, Jair Martins (MDB), de disputar a reeleição.

 Já condenado em Tocantins, Jair será julgado novamente nesta quarta-feira pela Justiça do Mato Grosso por atos de improbidade.